quarta-feira, 18 de março de 2009

Gastronomia do Fundão

Na alimentação da região da Beira, existem algumas actividades que são quase rituais: cozer o pão, matar o porco e fazer enchidos. Alguns alimentos produzidos nesta região podiam, antigamente, ser guardados durante o ano, como é o caso do azeite e do vinho. Castanhas, figos e bolotas eram secos. A carne era um bem muito importante na alimentação das famílias. Não se comia a todas as refeições; era sim usada para fazer enchidos que duravam todo o ano. Era cozinhada em alturas especiais, como a Páscoa e o Natal, bem como durante tarefas agrícolas que exigiam mais esforço físico. Era uso fazerem-se o seguinte prato:


Perdiz Fria com Molho de Vilão



2 Perdizes
100 gr. De presunto
água q.b.
sal q.b.

Molho de Vilão:
2 cebolas grandes
1 ramo de salsa
2,5 decilitros de azeite
1,5 decilitros de vinagre
pimenta moída q.b.
sal q.b.


Depenadas, chamuscadas e limpas de vísceras, põem-se as perdizes a cozer na água, com o sal e o presunto.
Depois de cozidas escorrem-se e trincham-se, cada uma em quatro quartos. Colocam-se em terrina ou travessa fundão.
O molho de vilão obtém-se picando finalmente a cebola e a salsa, adicionando sal e pimenta, e batendo vigorosamente em junção com o azeite e o vinagre até se conseguir um molho grosso.
Cobrem-se as perdizes com o molho de vilão, deixando-se ficar na infusão pelo menos doze horas.
Acompanha-se com batatas fritas em palha, ou com batatas cozidas (com a pele).
Do caldo da cozedura, extraído o presunto e acrescentado arroz, faz-se canja de perdiz.


(Fonte desconhecida)

Gastronomia


Na alimentação da vasta região do Beira Baixa dá-se uma importância muito grande à cozinha. Nesta área havia algumas actividades que se tornaram quase rituais quotidianos das gentes beirãs como o cozer do pão, o matar o porco, e o fazer o enchido. Alguns alimentos produzidos nesta região podiam ser guardados durante o ano, como é o caso do azeite e do vinho. As castanhas eram secas, tal como os figos e as bolotas. Frutas frescas comiam-se cada época. A carne era um bem muito Importante na alimentação das famílias. Normalmente, não se comia a todos as refeições, usava-se para fazer os presuntos, os enchidos de todo o ano, e era cozinhado em épocas especiais como nas festas religiosos (Natal, Páscoa, Santos) e durante as tarefas agrícolas que exigiam maior esforço físico (malha, apanha de azeitona, ceifo). Era uso fazer os seguintes pratos: Cabrito à Fundão, Favas à Posta, Esparregado, Cabrito assado na brasa, Enchidos e Queijos da Beira, Perdiz fria com molho de Vilão, Biscoitos de Azeite.

Nota: Tradicionalmente nesta região, todos os pratos são à base de carnes de Porco, Borrego e Cabrito.

Doces
Bolo doce, bolo de azeite, cavacas, pão-de-ló, esquecidos, arroz doce, doce de morango com nozes

Queijos
de cabra, ovelha ou mistos

Vinhos e bebidas tradicionais
Jeropiga, ginja, aguardente, licores (de cereja e laranja), etc.…destacando especialmente os vinhos produzidos Pela Adega Cooperativa do Fundão.

Retirado daqui.

António e Ângelo

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bolo de Azeite com Sementinhas


(Receita caseira, cortesia da Sra.Amélia)

Ingredientes:

150 Gramas de fermento padeiro

12 Ovos

50 Cl de azeite

1 Litro de chá de canela (em pau)

25 Cl de aguardente

200 Gramas de sementinhas (erva doce)

5 Quilogramas de farinha

Preparação:
Bate-se os ovos bem batidos, junta-se o azeite, aguardente, chá de canela, as sementinhas e o fermento. Vai-se juntando a farinha de pouco a pouco e amassar bem como o pão. Depois deixa-se cerca de 1 hora para levedar. Depois tende-se bolinhos com cerca de meio quilo, põe-se no tabuleiro cerca de meia-hora e vai ao forno cerca de 45 minutos. No fim de cozido e limpo com um pano embebido de azeite.

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A Doninha na Despensa


(Lenda do Fundão)

Esguia, e longa de corpo,
Entrou Madama Doninha
Por um estreito buraco
Que certa despensa tinha.
Ali foi gente a esfaimada;
Sobre o toucinho saltou,
Roeu paios e presuntos,
E em tudo a sopa molhou.
Passados nove ou dez dias,
nédia, gorda e pesada,
Vindo um criado à despensa,
Por um triz não foi pilhada.
Vendo o seu risco eminente,
Quis então salvar a pele,
Foi-se ao buraco da entrada,
Porém não coube por ele.
Não ser o mesmo supondo
Por onde ali tinha entrado,
Deu mil volta, não viu outro,
E creu o caldo entornado.
«Neste buraco», então clama,
«Há dez dias sem mentir.
«Que para entrar coube, e agora
«Não caibo para sair
Ou eu perdi todo o tino,
«Ou o buraco estreitou.»
Mas nisto um rato já velho
Desta sorte lhe falou:
«Magra e faminta veio
Gorda e magra agora estás,
«Torna a ser magra e faminta,
«Logo sair poderás.
«Se alguém contigo aqui der,
«Faz-te os ossos em açorda;
«Reflecte se mais te agrada
«Viver magra ou morrer gorda?»
A doninha não fez caso,
E a mesma vida seguiu,
Ate que deram com ela,
E dura morte sentiu.
A vários sucede o mesmo
Em qualquer operação;
Que o muito que engordar querem
Faz a sua perdição!

Bibliografia: ?

Grupo
Ana Carolina
Ana Margarida
Beatriz
David
Eugénia

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A Cereja do Fundão


Cultivada na região desde finais do século passado, a cereja foi a grande responsável pela projecção desta região como região fruteira. As variedades regionais são conhecidas e cobiçadas por todos os operadores que demandam a Cova da Beira. Sendo os grandes pomares de cerejeiras relativamente recentes, a sua apanha não se reveste dos rituais que acompanham outras produções. Contudo, há indícios que comprovam a importância sociocultural e económica da cereja na região desequilibrado orçamento. Aqui cresce e frutifica à maravilha a cerejeira (...). Nas nossas ravinas e encostas, onde o castanheiro se mirrou, plantai mais e mais cerejeiras, enxertai as já existentes em ordem a criar um tipo único que possa impor-se no mercado da fruta.
Uma só cerejeira de bom fruto não tem valor comercial, mas centos delas já podem chamar ao lambisco do interesse de negociantes ladinos, quando por mais temporã a cereja da planície se tiver consumido, virá a nossa mais serôdia, por imposição climática, com a sua polpa rija e sabor delicioso, satisfazer o apetite de uma boa fruta (...)”.

(Fonte desconhecida)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Agricultura do Fundão


A fruta mais famosa desta região é a cereja. Mas também temos a maçã, o pêssego, a laranja, o dióspiro, a pêra etc.

Os legumes que se vêm mais nesta região são a couve, a cenoura, a nabiça, o nabo, o tomate, o pimento etc.

Também há cereais como a aveia, o azevém, o trigo, o centeio, o tritical e o milho.

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Helder
Jonas
Gonçalo
Julien
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tigelada do Fundão



1º - Barrar com mel um recipiente, de preferência de barro;

2º - Juntar 250 g de açúcar com 1 colher de chá de canela e misturar bem;

3º - Juntar 12 gemas, misturar bem;

4º - Juntar 1L de leite;

5º - Deitar na forma;

6º - Levar ao forno.

Retirado daqui.

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Ângelo
António
Ana Rita
Francisco

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Chafariz dos Golfinhos

"Em 1991 a Camâra Municipal do Fundão, cedeu por venda, uns metros de terreno (que se chamava Chafariz das Duas Bicas) à firma Ferreira e Irmãos, que a compravam na intençao de ali construir o edificio novo, no "Alto Chafariz". Uma condiçao importante foi imposta pela Camâra: que teria de continuar encravado no espaço onde antes existia um chafariz, um novo chafariz que substituiria o antigo, que foi transferido para o Largo Espirito Santo. Apesar da polémica levantada pela construção da obra, foi reconhecido que o Chafariz dos Golfinhos não ficara tão mal como se poderia imaginar."

(Fonte desconhecida)

"O Chafariz dos Golfinhos foi desenhado pelo arquitecto Eurico Salles Viana. Data de 15 de Outubro de 1931. Depois de se mudar o chafariz que existia à entrada da Rua da Cale para o Largo do Espírito Santo, a fim de ali se construírem os "Grandes Armazéns da Beira", a Câmara obrigou os proprietários edificarem um novo chafariz: o Chafariz dos Golfinhos."

Retirado daqui.

Foto retirada daqui.
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Diogo
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A Torre - edifício

Quanto à famosa “Torre”- edifício, que deu nome às Quintas vizinhas, ela existiu mesmo: ficava num olival, propriedade de José Antunes Cardoso, onde hoje já só se vêem alguns fragmentos cerâmicos e muita pedra miúda pelo chão; mas há ainda quem se lembre de ver algumas estruturas de pé e que não diferiam muito daquelas que o Tombo da Comenda de Castelo Novo, de 1505, descrevia deste modo, inseridas numa granja da Ordem de Cristo:

«(...)Destas confrontações adentro estaa huma meya torre descuberta, feita de canto lavrado, que se chama ha Torre do Arrizado, e darredor della huma cerca pequena de parede derribada per partes e muitos pardieiros que jaa em outro tempo foy grande edificio e moradia e junto delles estam quatro figueiras (...) E alem da dicta Torre do Arrizado, no limite da Mata, em termo de Penamacor, tem mais a Ordem huma terra que parte nesta maneira: começa-se no Vale do Arrizado (...) estrada velha (...) e de hi torna direito ao poço que estaa no cimo do valle do Arrizado».

Foto by Belarmino


Campanário de duas torres simétricas, cada uma com seu sino, num cuidadoso trabalho de cantaria (Mata da Rainha).

Retirado de aqui.

Lenda da Torre dos Namorados - Parte III

Posta a situação nestes termos, deram os jovens por bem empregue o tempo e a coragem de que dispuseram para se dirigir ao palácio real a pedir ao rei a mão da filha e, no dia seguinte, puseram mãos à obra. Passaram-se meses. As obras de um e outro empreendimento avançavam com rapidez e em breve se concluiram.


No dia em que terminaram era grande a excitação, quer da corte, quer da população da cidade. Todos se dirigiram ao centro da cidade para verificarem qual dos dois mancebos iria desposar a jovem princesa. Mas o dia, que nascera cinzento, pouco haveria de clarificar. Exactamente ao mesmo tempo em que um jovem colocava a bica na fonte principal de abastecimento da cidade que a partir daí não mais pararia de jorrar, o outro acabava de colocar a última peça de ouro no pináculo de uma espectacular e sólida torre capaz de defender a cidade dos maiores ataques inimigos.

Continuava por apurar o noivo da bela princesa. O rei estava estupefacto e a sua face ficou pálida de amargura. Não poderia cumprir o prometido. A população decidiu que os dois jovens deviam bater-se num duelo de espadas e o que ficasse sem se ferir casaria com a jovem. Assim fizeram, mas as espadas quebraram-se ficando os jovens sem uma única beliscadura.

Decididamente parecia que a princesa teria de permanecer solteira e o rei sem poder cumprir o prometido. Facto grave e intolerável para o monarca. É que ninguém como ele tomava à letra a sentença: "palavra de rei não volta atrás".

Foi então que, como um trovão, se ouviram as seguintes palavras doídas que saíram da boca do rei: “- Torre feita, água à porta; filha de el-rei morta!”

A princesa logo percebeu que nunca seria rainha pois estava condenada à morte pela dureza da sentença de seu próprio pai, montou um cavalo e fugiu em direcção ao Sul. De pouco lhe valeu. Rapidamente foi capturada pelos soldados do rei que aí mesmo, cumprindo ordens, a mataram.

O lugar onde ocorreu a matança da princesa ficou conhecido por isso mesmo: Mata da Rainha. Hoje é uma freguesia do concelho do Fundão.



Retirado daqui.



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Beatriz
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Lenda da Torre dos Namorados - Parte II

Certa tarde de Primavera, dois jovens mais ousados e bêbedos de paixão dirigem-se corajosamente ao palácio real para falarem com sua majestade a fim de obterem consentimento para casarem com a jovem princesa. O rei recebeu-os com dignidade respeitando os seus sentimentos de puro amor. Obviamente, a sua filha era única e apenas um podia ser o eleito. Como monarca justo que era e, tendo a mesma consideração e estima pelo carácter e amor sincero dos seus dois jovens súbditos, falou-lhes nos seguintes termos:
- Meus caros jovens: não tenho qualquer dúvida que qualquer um de vós ama perdidamente a princesa e poderá vir a ser um exelente marido para a minha filha e um melhor pai para os meus netos e sucessores. Contudo a minha filha, a quem venero com todo o meu coração, é a única e vós sois dois pretendentes. Se der a sua mão a um de vós estarei a ser injusto. Entretanto a cidade está a ficar com problemas de abastecimento de água à população que não pára de crescer. Por outro lado o palácio não tem uma torre sólida e funcional que nos possa pôr a salvo em caso de um ataque imprevisível dos nossos inimigos. Eis as tarefas que vos proponho: um de vós deve inciar a construção de um aqueduto suficientemente eficaz e sofisticado que resolva os problemas de abastecimento de água à cidade. O outro deve empenhar-se na construção de torre tão sólida e funcional que este reino nada venha a recear em caso de ataque e cerco pelos nossos inimigos. Começai os trabalhos amanhã ao alvorecer. O primeiro que acabe a tarefa que lhe destino terá a honra de casar com a minha filha. Agora ide e que ganhe o melhor!


Adaptado daqui.


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Lenda da Torre dos Namorados - Parte I

A aldeia de Torre dos Namorados, conhecida geralmente por Quintas da Torre, localiza-se na região Centro Interior de Portugal Continental num vale situado entre as cordilheiras das serras da Gardunha e Malcata. Pertencente ao distrito de Castelo Branco e concelho do Fundão, a Torre dos Namorados não se constitui como sede de freguesia estando actualmente (2006) anexada à freguesia de Vale de Prazeres. A Torre dos Namorados encontra-se situada na extremidade Este do concelho do Fundão numa zona de confluência de limites de concelho da raia: Penamacor e Idanha-a-Nova.

In Wikipédia


Conta - se que, há muito tempo atrás, no local que hoje é conhecido como o centro da Torre dos Namorados, existiu uma cidade muito povoada, onde abundava a prosperidade e a felicidade. A cidade era governada por um rei muito consciente dos seus deveres para com os súbditos. Era dotado de um sentido de justiça apuradíssimo e revelava uma moral inabalável e incorrupta. Muito estimado pela população, para este governante, a palavra tinha um valor insubstituível e, dizia-se na altura, "antes preferia morrer que vergar".

Tinha o rei uma filha casadoira que fazia suspirar de paixão dos mancebos da cidade com a sua beleza sem igual. Ousadia para pedir ao rei a mão da princesa faltava a quase todos os jovens apaixonados.O seu perfil de monarca rígido e moralista fazia adivinhar que não teria escrúpulos em mandar para a forca quem se atrevesse a cometer a mais pequena indelicadeza ou ousasse falar-lhe sequer na mão da real filha.

Tempos passaram e a beleza da princesa era cada vez era maior. Cabelos de ouro e face que parecia irradiar a luz do sol, caracterizavam a sua beleza única.

Adaptado daqui.


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Ana Carolina
Ana Margarida
Beatriz
David
Eugénia

Fundão



O Fundão é uma cidade portuguesa no distrito de Castelo Branco, região Centro e subregião da Cova da Beira, com cerca de 9000 habitantes. A cidade está localizada no sopé da Serra da Gardunha, no planalto da Cova da Beira, a uma altitude de cerca de 500 m e é sede de um município com cerca de 701,65 km2 de área e 31 176 habitantes (2006), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios da Covilhã, Belmonte e Sabugal, a leste por Penamacor e Idanha-a-Nova, a sul por Castelo Branco, a sudoeste por Oleiros e a oeste por Pampilhosa da Serra.

O Fundão é uma freguesia portuguesa do concelho do Fundão, anteriormente designada freguesia de S. Martinho, tal como sugere a capa dividida do brasão. A paróquia da freguesia também tem o mesmo nome "paróquia de São Martinho". Tanto uma como a outra são ainda as únicas divisões territoriais da cidade do Fundão, e geograficamente ainda são equivalentes.

Gentílico: Fundanense

Área 701,65 km²

População 31 176 [1] hab. (2006)

Densidade populacional 45 hab./km²

N.º de freguesias: 31

Fundação do município
(ou foral) 1747

Região Centro
Sub-região Cova da Beira
Distrito Castelo Branco
Antiga província Beira Baixa
Orago São Martinho

Feriado municipal 15 de Setembro

Código postal 6230

Endereço dos
Paços do Concelho
Sítio oficial: www.cm-fundao.pt
Endereço de correio electrónico: municipio-fundao@cm-fundao.pt


Fonte: Wikipédia

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Cristiana Oliveira
Cristiana Leitão
Paulo