(Lenda do Fundão)
Esguia, e longa de corpo,
Entrou Madama Doninha
Por um estreito buraco
Que certa despensa tinha.
Ali foi gente a esfaimada;
Sobre o toucinho saltou,
Roeu paios e presuntos,
E em tudo a sopa molhou.
Passados nove ou dez dias,
Já nédia, gorda e pesada,
Vindo um criado à despensa,
Por um triz não foi pilhada.
Vendo o seu risco eminente,
Quis então salvar a pele,
Foi-se ao buraco da entrada,
Porém não coube por ele.
Não ser o mesmo supondo
Por onde ali tinha entrado,
Deu mil volta, não viu outro,
E creu o caldo entornado.
«Neste buraco», então clama,
«Há dez dias sem mentir.
«Que para entrar coube, e agora
«Não caibo para sair
Ou eu perdi todo o tino,
«Ou o buraco estreitou.»
Mas nisto um rato já velho
Desta sorte lhe falou:
«Magra e faminta veio
Gorda e magra agora estás,
«Torna a ser magra e faminta,
«Logo sair poderás.
«Se alguém contigo aqui der,
«Faz-te os ossos em açorda;
«Reflecte se mais te agrada
«Viver magra ou morrer gorda?»
A doninha não fez caso,
E a mesma vida seguiu,
Ate que deram com ela,
E dura morte sentiu.
A vários sucede o mesmo
Em qualquer operação;
Que o muito que engordar querem
Faz a sua perdição!
Bibliografia: ?
Grupo
Ana Carolina
Ana Margarida
Beatriz
David
Eugénia
Esguia, e longa de corpo,
Entrou Madama Doninha
Por um estreito buraco
Que certa despensa tinha.
Ali foi gente a esfaimada;
Sobre o toucinho saltou,
Roeu paios e presuntos,
E em tudo a sopa molhou.
Passados nove ou dez dias,
Já nédia, gorda e pesada,
Vindo um criado à despensa,
Por um triz não foi pilhada.
Vendo o seu risco eminente,
Quis então salvar a pele,
Foi-se ao buraco da entrada,
Porém não coube por ele.
Não ser o mesmo supondo
Por onde ali tinha entrado,
Deu mil volta, não viu outro,
E creu o caldo entornado.
«Neste buraco», então clama,
«Há dez dias sem mentir.
«Que para entrar coube, e agora
«Não caibo para sair
Ou eu perdi todo o tino,
«Ou o buraco estreitou.»
Mas nisto um rato já velho
Desta sorte lhe falou:
«Magra e faminta veio
Gorda e magra agora estás,
«Torna a ser magra e faminta,
«Logo sair poderás.
«Se alguém contigo aqui der,
«Faz-te os ossos em açorda;
«Reflecte se mais te agrada
«Viver magra ou morrer gorda?»
A doninha não fez caso,
E a mesma vida seguiu,
Ate que deram com ela,
E dura morte sentiu.
A vários sucede o mesmo
Em qualquer operação;
Que o muito que engordar querem
Faz a sua perdição!
Bibliografia: ?
Grupo
Ana Carolina
Ana Margarida
Beatriz
David
Eugénia
4 comentários:
Esta lenda está espectacular!! A doninha era muito atrevida!!
Beijinhos da !!
:D
Curiosa esta história! Parece-me conter uma mensagem... "Quem tudo quer, tudo perde!"
Ganda stora.Eu tembém acho.
xP
É não é? É bom ser ambicioso... mas comvém não ter mais olhos que barriga... ;)
Postar um comentário